Roncos em adultos (Ronco e Apnéia do sono)

Há algumas décadas, o ronco era tido unicamente como um problema social, interferindo no relacionamento de casais e familiares pela dificuldade de dormir ao lado de um barulho frequente. Porém, diversos estudos científicos sobre o sono possibilitaram a conclusão de que o ronco pode não ser apenas um problema social, estando muitas vezes associado a uma síndrome, conhecida como apneia obstrutiva do sono (Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono).

O ronco é encontrado em 44% dos homens e 28% das mulheres, sendo que a apnéia está presente em até 32% da população aqui em São Paulo. Hoje em dia, a apnéia é considerada um problema de saúde pública, pois pode provocar doenças cardiovasculares (acidente vascular cerebral, hipertensão arterial e alterações coronarianas), alterações do humor, alterações metabólicas e alterações neurológicas. Desta forma, seu tratamento é fundamental para a prevenção destas doenças.

O ronco (ronco primário) é a presença de ruído durante a respiração, causado pela vibração de tecido na região da garganta (faringe). A apnéia é caracterizada pelas pausas respiratórias durante o sono, decorrentes da obstrução parcial ou total das vias respiratórias.

As principais queixas do paciente com apnéia do sono são: ronco, pausas respiratórias durante o sono vistas por acompanhante, alterações do humor, cefaleia pela manhã, despertares frequentes durante a noite e despertares para ir ao banheiro. O diagnóstico é feito através da história clínica, exame físico e exame de polissonografia.

O tratamento para o ronco e a apnéia do sono dependem de fatores como idade, peso, achados do exame físico (alterações na boca e nariz) e a gravidade da apnéia. As medidas gerais para todos os pacientes são: redução de peso (pacientes com sobrepeso ou obesidade), interrupção de medicamentos envolvidos com a piora da apnéia, suspensão de bebidas alcoólicas e realização de atividades físicas. As possibilidades de tratamento são o uso de aparelho móvel nos dentes (aparelho intra-oral), máscara com pressão (CPAP), ou cirurgias, caso o paciente apresente alterações anatômicas: cirurgia para o ronco (uvulopalatofaringoplastia) ou correção do desvio de septo e/ou outras alterações dentro do nariz.

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