É a cirurgia para tratar doenças do osso temporal (osso do ouvido). Pacientes que apresentam quadro de vazamento crônico do ouvido, com secreção fétida e persistente, são acometidos por uma doença chamada otite média crônica supurada. Muitas vezes, a perda de audição também é um sintoma associado. A otite média crônica supurada pode ser subdividida em otite média supurada colestatomatosa e não colestatomatosa.
A otite média supurada não colesteatomatosa engloba os distúrbios da orelha média e da mastoide (osso do ouvido) devido a, principalmente, um bloqueio entre essas duas regiões causadas por edema (inchaço) da mucosa (tecido que recobre a orelha média).
A cirurgia indicada na maioria dos casos é a timpanomastoidectomia. Esta cirurgia é feita por meio de uma incisão (corte) atrás da orelha e sob visão de um microscópio cirúrgico e auxilio de micro brocas. É feita a abertura do osso do ouvido (mastoide).
Para o fechamento da perfuração do tímpano, analogamente a timpanoplastia, são utilizados enxertos para o seu fechamento.
A otite média supurada colesteatomatosa também pode ser chamada de colesteatoma. O colesteatoma é uma proliferação exagerada de pele do canal do ouvido e do tímpano para dentro da caixa da orelha média. Pode ocorrer retenção e infecção dessa pele, o que habitualmente provoca odor fétido.
Dependendo do tamanho do colesteatoma e do grau de comprometimento da audição e da mastóide, opta-se por realizar timpanomastoidectomia ou mastoidectomia radical.
A mastoidectomia radical também é realizada com microbrocas, mas é uma cirurgia menos conservadora, utilizada para os casos mais comprometidos pelo colesteatoma. Nessa cirurgia é realizada uma mastoidectomia ampla e um aumento do canal do ouvido, chamada meatoplastia.
Cuidados pós operatórios
- Repouso de 7 a 10 dias em casa.
- Por aproximadamente 1 mês, não deverá realizar exercícios físicos, principalmente aqueles que requerem força com o abdome, como, por exemplo, carregar peso ou realizar musculação.
- Manter a proteção do ouvido contra água, até a liberação pelo cirurgião.